Bem, era ali mesmo em um canto escondido, ao lado a loja, que reparo um negro deitado ao chão, debaixo de uma árvore, mangueira; alta como a sua esperança. Vejo que ali onde estacionam os carrões, de ricos e famosos; os quais nunca iriam observar o pobre negro esticado ao chão. Será que ele estar sonhando? Acredito e suponho que sim, pois todos as pessoas possuem esse direito; buscamos e pensamos em uma vida cada vez melhor. O negro que deita sobre uma caixa de papelão, quase que despido e sem se embrulhar; pensa é claro em ter uma cama macia, um teto que não seja aquela super-protetora mangueira.
São oito horas da manhã, a loja vai ser aberta; derrepente sai de dentro da mesma, um homem forte e começa a expulsar o negro, utilizando-se da força. O negro descansava de mais um dia de mais um dia de luta pela sobrevivência, e fora acordado por uma força que não seria aplicada a um ladrão. Observo quieto a essa ação; estou perplexo com o que vejo, por quê nos homens, supostos racionais, agimos desta maneira! Os donos da loja acreditam que me um lugar que veste os ricos, um pobre despido é nada mais do que um lixo. O problema é a imagem que este negro apresenta à frente d aloja. Vivemos de imagem e isso nós torna fúteis, pois acreditamos que o dinheiro é a essência de nossas vidas, capitalistas!
Sabe, aquele ato me convenceu de que a violência não é gerada pelos pobres, mas sim por aqueles que possuem melhores condições de vida. Somos todos iguais; ricos e pobres, temos os mesmos direitos de sonhar, o simples ato que aquele negro realizava!
O fato que aconteceu com aquele negro, me mostrou que apesar de sua imagem física destorcida, não significa nada; pois para ele, sonhar em realizar os seus objetivos é muito mais importante do que a imagem, de uma vida sem idéias.
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