by Efraim Batista de Souza Neto | |
Published on: May 7, 2008 | |
Topic: | |
Type: Opinions | |
https://www.tigweb.org/express/panorama/article.html?ContentID=20249 | |
A crise social, ecologia e tecnologia existente são realmente assustadoras. Uma sociedade cientifica voltada cada vez mais para o pensamento reducionista e cartesiano, que nega os princípios e a existência de soluções interdisciplinares para os problemas que circunscrevem essas três esferas citadas à cima. Um bom exemplo dessa ocorrência é o debate sobre “aquecimento global”, enquanto uns acreditam que as modificações climáticas afetarão todo a gleba, outro, não menos capacitados academicamente, argumentam que não há um pensamento coeso em relação à causa ambiental, e que os dados já publicados alarmam falsas informações. Algumas coisas devem se tornar mais evidentes para nossa sociedade, que de fatos alarmes foram dados sem a menor procedência, é fato! E que o Estado, assim como antigamente, e, seguindo as determinações de Maquiavel, se apossa de valores não subjetivos, e tendo a força de coesão junto aos veículos de comunicação, irão trabalhar sob a ótica do medo, pois se assim se torna mais fácil à manipulação sobre todas as diretrizes que cercam a sociedade global. Argumentar que todo o debate sobre o aquecimento global é uma fantasia, pode parecer exagero para àquelas pessoas que interpretam de forma linear e não holísticas a maneira como os fatos são jogados à mesa. Antes de todos os fatos serem julgados, precisamos entender que essa “causa” não é tão nova como parece. Pensadores, os mais ligados ao misticismo e à linha sistêmica, já argumentavam, desde a década de 40, as possíveis conseqüências de nosso desenvolvimento desenfreado. Muito já foi publicado sobre a perda de colheitas dos produtos essenciais para a dieta humana, mas esquecemos sempre que esse déficit sempre existiu para as populações pobres. Esse discurso é voltado para as grandes empresas que estão perdendo dinheiro no processo denominado “aquecimento global”. Não deveria ser assim, mas o discurso fomentador de toda a expansão das informações sobre o “aumento de temperatura global” é um discurso político, político no mau caráter que esse discurso pode ser exercido. Não acredito que o ex-vice-presidente Al Core, não tenha interesses políticos partidários com esse seu documentário, deixando bem claro, que não diminuo o valar do vídeo. Os estudos apresentados sobre as conseqüências no globo alarmam apenas fatores ligados a valores econômicos, há muito abafam o verdadeiro discurso que circunscreve os nosso problemas sociais, problemas estes que afetam diretamente na qualidade ambiental do globo. Os veículos de comunicação não encontram–se capacitados para realizar a cobertura holística dos problemas ambientais. Nunca apresentam soluções, enfocam sempre questões econômicas e pouco educam sobre as conseqüências desses fatos. Apresentam informações complexas em linguagem que poucos irão entender e tomam como lavras chaves, temas também, as questões enfocadas pelos idealistas políticos. Esse é outro grande problema de nossa crise existencial. Nossa sociedade de consumo enxerga o mercado como algo sempre substituível, acreditam que todas as coisas que o cerca podem ser trocadas, mesmo àquelas ligadas as coisas não materiais, por isso seguimos um pensamento cartesiano e reducionista, a existência humana se torna comprometida, mais do que já é para 2/3 da população global, enquanto não percebermos que todas as nossas ações exercerão conseqüência sobre o planeta, sejam elas boas ou ruins – na maioria das vezes péssimas. A sociedade ainda acredita que para todos os problemas existentes, a tecnologia exercerá um papel fomentador de soluções, entretanto, não percebem, ou simplesmente, não quer enxergar, que as soluções para todos estes problemas perpassa por questões que envolvem a subjetividade. E que todo esse desenvolvimento desenfreado serve apenas para distanciar cada vez mais a desigualdade social e a crise social existente. As questões de cunho social, ecológico e tecnológico só deixaram de ser uma pedra no nosso sapato, quando percebermos que soluções sistêmicas existem e que a nossa sociedade necessita, com urgência, recuperar as suas capacidades críticas, holísticas e subjetivas. Apenas assim poderemos realizar um verdadeiro debate sobre o que pode ser feito. « return. |