* Lembra daquela coisinha mimosa com estampa de super herói e com o seu nome colado no cabo (escrito em esparadrapo) ? o primeiro guarda-chuva ninguém esquece...ou melhor, esquece na escola - sempre.
* Nos devidamente enterrados anos 80, foram vendidas milhares de unidades de um modelo com cabo "cabeça de cisne" e uma foto da Madonna estampada (em altíssima definição) no nylon. A eficiência do produto era superior à de outros modelos devido a uma única razão: nem as gotas de chuva ousariam bater na cara da cantora - atriz - popscandall.
* Quanto ao modelo dobrável, conhecido como mini-sombrinha ( de bolsa ou de bolso) , o que se pode dizer é que serve como um ótimo presente para o dia das crianças. Isso porque, depois de algum tempo de uso, as hastes "dobráveis " acabam quebrando e cada vez que você tenta abrir ou fechar a sombrinha, tem que jogar uma partida de pega-varetas. Brinquedinho...
* Ganha uma capa impermeável quem conseguir adivinhar qual a espécie de objeto que mais circula nos guichês de achados e perdidos do mundo todo...
* Para os garotões, faço um apelo: deixem as sombrinhas para o frevo ou para as novelas de época. É muito mais digno molhar um pouco as roupas e o cabelo (faz um look nem aí) que pegar emprestada a floridinha da mãe, nem que seja para ir levar o lixo. Sempre tem uma vizinha que vai estar na janela, vai ver e vai achar ridículo...
* Sempre tive vontade de, em um dia de chuva, vestir um capote preto e sair por aí, munida de um rolo de silver tape, calando a boca dos insuportáveis vendedores de ocasião que mal vêem o céu se fechar, já correm pra debaixo das marquises e começam a gritaria: guarda-chuva por quatro real! Olha o guarda-chuva, só quatro real! Aposto que as suas vidas seriam muito mais emocionantes e cheias de desafio se fossem tentar vender freezers para esquimós...
* Guarda-chuvas são tão independentes quanto gatos - nunca ficam agarrados aos donos; muito mais comum é vê-los por aí, cuidando da própria existência. E são tão empacados e teimosos quanto mulas; nunca abrem na hora certa, dobram pra fora com o vento, pingam insistentemente e, ao menor sinal de irritação do dono, tornam-se ainda mais temperamentais...
* As pessoas mais fascinantes são as que não saem correndo assim que sentem o primeiro pingo d'água cair - não têm medo de que a chuva lave as aparências. E tudo fica muito mais interessante se tirarem os sapatos...
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quando chega a noite
a chuva não pára
só cadencia seu ritmo – pra cantar
a melhor canção de ninar que existe.
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