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20 anos do isolamento do vírus HIV no Brasil Printable Version PRINTABLE VERSION
by Efraim Neto, Brazil Feb 16, 2008
Human Rights , Health   Interviews

  

20 anos do isolamento do vírus HIV no Brasil BG - Isso tudo ocorreu, junto com a sociedade organizada. Pesquisadores e outros formadores de opinião fizeram com que o governo criasse um programa para combater essa epidemia. O que é um exemplo fantástico de como a sociedade civil pode pressionar o governo. Inclusive a própria AIDS tem características que permitem isso. Está relacionada com o sexo, com a morte. As pessoas sabiam, que se a contraíssem, poderiam morrer. Milhares e milhares de pessoas morreram e isso trouxe uma comoção social muito grande.

CPqGm - O isolamento foi, na verdade, um grande triunfo simbólico?
BG – Sim. Mas com isolamento do vírus, o Brasil foi reconhecido no cenário intencional e foi, então, convidado a participar de comitês internacionais. Participamos de uma experiência bem interessante de redes de pesquisas, já naquela época. Nós tivemos a oportunidade de participar de uma rede internacional de laboratórios, coordenado pela OMS e o Programa Mundial de AIDS, que foi uma grande experiência. Os pesquisadores do mundo todo reunidos para combater um mal maior; com isso foi possível conhecer, rapidamente, os diferentes subtipos do HIV que circulavam em diversos países.

CPqGm - Esse fator, apesar de não ter sido um grande feito em termos científicos, foi capaz de acelerar os processo de descobertas?
BG - Com certeza ele foi capaz. Verificamos que a rede internacional de laboratórios, implantada em 1991, não iria contemplar a caracterização do vírus em todos os estados do Brasil, mas apenas em determinados lugares, como Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Então, nós imediatamente propusemos a criação de uma rede nacional, nos mesmos moldes já existentes, contamos com apoio do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. Era uma rede inspirada, muito parecida, na internacional. Esta rede foi implantada em março de 1993. Trabalhos desta rede, possibilitaram a caracterização de uma maior quantidade de vírus que circulava em diferentes regiões do país. Este é um exemplo de rápida transferência de tecnologia e conhecimento que só ocorreu devido a excelente qualificação dos pesquisadores brasileiros.

CPqGm - Como essa experiência ocorrida há 20 anos serve de modelo para pensar o hoje? Que exemplos ela nos dá para enfrentar outras epidemias/doenças emergentes?
BG – Acredito que devemos reforçar continuadamente a infra-estrutura institucional. Por exemplo, no final da década de 70, início dos anos 1980, a Fiocruz obteve recursos da ordem de 1 milhão de dólares americanos, resultante de um projeto aprovado pelo programa TDR (sigla em inglês de Tropical Disease Research) da OMS. Este projeto possibilitou a implantação de Centro de Imunologia Parasitaria na Fiocruz, RJ. Investimos também num plano de formação de pessoal, de curto e longo prazos, e dotamos esse centro de toda a infra-estrutura, igualando aos melhores laboratórios do mundo naquela época, tornando-se um pólo de atração para pesquisadores, principalmente recém doutores que estavam retornando para o Brasil. Para a elaboração deste projeto, contamos com a colaboração do Professor Paul Henri Lambert, meu orientador de doutorado realizado em Genebra.

CPqGm – Vocês acumularam experiência, se prepararam para isso.
BG – Sim. O que a gente propõe para que um país como o nosso possa se preparar para enfrentar doenças emergentes é equipar seus laboratórios, ter uma boa infra-estrutura e projetos bem planejados. É preciso também fazer “animação”, ou seja, estimular, e possibilitar a atualização continuadamente da equipe de trabalho.

CPqGm - A partir daí, foi mais fácil montar rede de laboratórios.
BG - Isso tudo desdobrou em uma rede, que transcendeu a Fiocruz, envolvendo pesquisadores de todo Brasil. Vários laboratórios participaram desse esforço nacional de isolamento e caracterização do HIV, trazendo uma visibilidade muito grande da pesquisa feita em AIDS no Brasil. Porque com a formação dessa rede, pôde-se rapidamente dar resposta e fazer pesquisa de boa qualidade, e comprometida com a saúde pública. O que possibilitou a publicação de diversos trabalhos. Você pode perceber que os pesquisadores que participaram desse programa foram os mais citados, trabalhando ou vivendo na América Latina ou Caribe, no período entre 1999 a 2005.

CPqGm - Quais são os desafios para a pesquisa com AIDS no Brasil e no mundo, principalmente agora depois da falha da vacina da Merck?
BG - A vacina é sempre um desafio porque a infecção causada pelo HIV apresenta uma fase crônica assintomática e de transmissão sexual. Se você olhar, era uma infecção que atingia, principalmente, determinados grupos de comportamento de risco, mas hoje ela é tida como de transmissão heterossexual tornado-a de difícil controle. Por isso uma vacina eficaz vacina eficaz seria a solução. Infelizmente varias tentativas de obtenção de vacinas foram infrutíferas. O outro desafio é a busca de drogas que possam realmente erradicar a infecção.. Eu acho que a terceira coisa mais importante é reforçar os programas de prevenção. Você tem que sensibilizar as pessoas. Embora a disseminação do HIV no Brasil tenha diminuído, os índices de contaminação entre os jovens aumentaram. Que isso significa? Uma das razões para justificar isso, é que os jovens não viveram o momento trágico da AIDS. Porque antes as pessoas conheciam alguém que tinha sido vítima da AIDS. Isso causava um certo temor. Eu vejo que o grande desafio é descobrir como sensibilizar esse grupo de pessoas sobre essa doença tão grave.







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Efraim Neto


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Comments


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