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Para esta análise, tomei em consideraçäo as principais actividades económicas do nosso pais, dentre as quais encontramos:
1) Actividade agricola;
2) industrial;
3) comércio interno;
4) comércio externo;
5) construção;
6) transportes e comunicação;
7) e outros que tarde ou cedo se tornarão importantes
A tabela 8 mostra que desde 1995 o sector industrial passou a se beneficiar mais do crédito em relaçao ao sector agricola, isso mostra que a Industria está a ser um dos sectores reconhecidos para o desenvolvimento. De 1993 a 1999, o crédito a Agricultura desceu de 26,7% para 19,9%, e o crédito ao comércio interno também desceu de 3,2% para 0,8%. Enquanto que a Industria e outros sectores cresceram.
c) 1999 - 2001
Neste período iniciou-se urna nova etapa da gestão da politica monetária, isto é, verificou-se uma nova dinamica nas componentes em análise - Moeda e Crédito. O que influenciou as componentes pode ser, por exemplo, a entrada da ajuda externa para a reconstrução do país pós-cheias, o que consequentemente fez evoluir o M2, o aumento de emissões de blihetes de tesouro e o aumento do coeficiente de reservas obrigatórias.
1. Moeda
O saldo da massa monetária em 1999 foi de 11,721.6 mdc, enquanto que em 2000 e 2001 tiveram um aumento de 4,994 e 5,035 mdc respectivamente. M2 teve uma forte descida a partir de Setembro de 2001, fazendo com que em Dezembro a sua expansão fosse inferior em 12.4% a que foi registada em 2000.
O M2 de 2001 foi oposto ao M2 de 2000, onde a tendência expansionista se acentuou a partir de Setembro, passando de uma taxa de variação media mensal de 2,2% para 4,6% no ultimo trimestre do mesmo ano.
O M2 teve uma expansão de 9.1% pelo aumento dos depósitos da moeda estrangeira que foi em 59,2% no ano 2000. Enquantp isso os DO tambem cresceram em 4,7% e as NMC cresceram em 11,5%. Com esta evoluçao, a proporçao M2 em Moeda estrangeira em 1999 era de 35% e aumentou para 42% em 2000 e aumentando ainda em Dezembro de 2001 para 45%. Podemos dizer que o aumento do peso dos depósitos em Moeda estrangeira no M2
deveu-se à taxa de câmbio.
2. Crédito
Em 2000, 1.417 mdc do fluxo liquido do crédito à economia eram da componente da moeda estrangeira. Esta é a componente que mais cresceu neste ano, ao registar uma taxa de 48,3% enquanto que o saldo do crédito em Moeda nacional cresceu apenas 22,1% comparativamente a 1999.
Cerca de 36% do aumento do crédito à economia em moeda estrangeira resulta da revalorizaçao dos valores concedidos em anos anteriores, pela alteraçao da taxa de câmbio. Deste modo a variaçao do saldo do crédito a economia em moeda estrangeira passaria para 28%, enquanto que o crédito total reduziria para 25%.
Analisando o crédito a economia por sectores, no período em análise, podemos ver nos Gráficos l,2 e 3, no anexo 2 que em 1999 o sector mais beneficiado foi a Industria com 28%, e em 2000 foi o Comércio com 20%.
V. Conclusão
A abordagem do presente ensaio teve maior enfoque no lado da oferta de crédito em relação ao lado da procura, sem descurar da evolução da moeda ao longo do período em análise. A contextualização dos períodos relaciona-se com aspectos de ordem Sócio-económicos e políticos que caracterizam o país ao longo dos anos em estudo.
Pode-se verificar da análise feita que há uma diminuição gradual do crédito ao sector agrícola em Moçambique, em deterimento da indústria e do comércio, devido a rentabilidade do sector. Com a liberalização, vieram as privatizações e o sector privado inclinou-se para as vertentes de maior rentabilidade económica.
A massa monetãria teve uma tendencia crescente acompanhando os acontecimentos que foram surgindo no país dentre 1987a 2001. A partir de 1997 os depósitos começam a superar os créditos, o que faz com que a massa monetiria começe a decrescer.
A Guerra que surgiu logo após a lndependencia fez com que o Governo fosse condutorda economia, em que era o provedor de todos os bens e serviços. Assim, o Governo tinha que garantir o bem estar, mesmo que a economia não produzisse, e isso levou muitas vezes a emissão rnonetária pelo Banco de Moçambique que era directamente controlado pelo estado.
Basílio Zefanias Muhate
Maputo, Novembro de 2003
VI. Bibliografia
i) MISHKIN, Frederic S; Moedas, Bancos e Mercados financieros;5ª Edição.
ii) RAY, Debjay; Development economics; Princeton; 1998.
iii) FISHER, Stanley et all; Macroeconomia; 7ª Edição; Mc-Graw Hill; 1998.
iv) MOHR, Philip et All; Economics for South African Students; 2nd edition; VS Publishers; South Africa; 2000.
v) BANCO DE MOÇAMBIQUE; Relatório Anual do Banco de Moçambique; Dezembro de 1999.
vi) BM; Boletim Estatístico nº2; Dezembro de 2000.
vii) BM; Staff Papers.
viii) Web site: http://www.bancomoc.mz
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